A janela no cinema

O cinema e seus imortais clássicos são revisitados para que uma nova geração possa conhecer os primórdios registros cinematográficos. Inúmeras vezes somos brindados com remakes de grandes clássicos, onde há a manutenção da essência narrativa que é transportada para os dias atuais.

Um dos gênios da história do cinema, Alfred Hitchcock, conhecedor e realizador de inúmeras funções no processo de realização de uma obra, têm inúmeros sucessos que já foram revistos em obras atuais.

Um de seus grandes filmes, ‘Janela Indiscreta’, recebeu indicações ao Oscar e ao Bafta em 1955 e retrata um fotógrafo que se vê preso em seu apartamento após quebrar a perna. Sem muito o que fazer, ele passa a observar a vizinhança onde acredita ter testemunhado um assassinato. A trama, em uma espécie de jogo de gato e rato, se desenvolve de maneira orgânica e coesa. O suspense empregado de forma cirúrgica que é uma das características das obras de Hitchcock faz com que haja a imersão por parte do público em uma jornada investigativa. 

Após o sucesso do longa, pudemos acompanhar histórias que em muito se assemelham à trama de Hitchcock. Temos um exemplo tupiniquim com Fernanda Montenegro e Raul Cortez que em ‘O Outro lado da Rua’, retrata uma mulher que acredita ter testemunhado um assassinato e então passa a seguir e envolve-se com o suposto assassino, em uma grande referência à ‘Janela Indiscreta’. 

A Netflix estreou ‘A mulher na Janela’, onde um belo dia, enquanto espia o vizinho, a mulher vê algo estranho pela câmera… Seja através da janela ou uma câmera, sempre há um vizinho ou uma vizinha entediada que, ao observar à vizinhança, testemunha algo sinistro… Há décadas vemos esse recurso que sofre modificações de acordo com seu tempo, mas poucos sabem que foi Hitchcock o pioneiro do suspense com planos marcados e trilhas inesquecíveis. Os grandes clássicos nunca morrem, são revistados e reverenciados de tempos em tempos.

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