Mas, e o PT?

Kimberly Souza

Estamos há quase 300 dias do governo Bolsonaro e a pergunta que não quer calar (lá do lado dele) é: Mas e o PT?

A menina Ágatha Félix, de apenas 8 anos, levou um tiro nas costas, disparado pela polícia no Complexo do Alemão. Mas e o PT?

O desemprego no Brasil cai 0,7% no segundo semestre, de acordo com o IBGE. Cai junto com a renda média, se tornando mais comuns os empregos sem vínculo e análogos à escravidão. Mas e o PT?

O Brasil é campeão de casos de depressão na América Latina e quase 6% (ou quase 11,5 milhões de pessoas) sofrem com a doença. A cada 45 minutos, uma pessoa comete suicídio no país. Mas e o PT?

A Violência Obstétrica foi retirada este ano, pelo Ministério da Saúde, do vocabulário médico deixando ainda mais mulheres vulneráveis a maus tratos durante o parto. Mas e o PT?

Todos esses fatos passaram por nossos olhos e passaram pela redação da ComTempo em apenas alguns meses. E fazem 3 anos que o PT não está no poder.

Mas a culpa por todo o regresso, por todo brasileiro que se mata ou que morre, seja qual for o motivo literal ou não, continua sendo desse personagem quase folclórico criado pelo conservadorismo que voltou mais assustador que suas próprias lendas.

E o Brasil não muda, não melhora. E a gente consente.

Por medo, culpa ou simplesmente por ver no sofrimento do outro (lê-se minorias) uma satisfação própria, quase psicopata.

Quando que os responsáveis por essas situações vão parar de se esconder atrás de um mito? Quando que nós, brasileiros, encantados por contos de fadas modernos cheios de falsas promessas, vamos continuar permitindo que um mito seja praticado como verdade?

Em mais um exemplar que vem forte como um grito capaz de despertar, a ComTempo dá boas-vindas a você, leitor, para esta sétima edição, que suplica para ser lida com olhos atentos e consciência ativa.

Boa leitura!

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