Ana Carolina Januário
De acordo com o dicionário artista é “aquele que cultiva as belas-artes, que tem habilidade ou vocação artística” para Amanda Sabioni sua história com a dança é sua história de vida, começou a dançar quando tinha três anos e hoje formada em bacharelado e licenciatura em dança pela Unicamp, seu amor à arte se tornou seu trabalho e profissão.
“Eu via a dança como atividade física, quando comecei enxergar como um hobbie e uma arte e fiz vários outros tipos de dança além do ballet clássico, comecei a me aproximar ainda mais desse universo” conta Amanda.
“Viver da arte não é fácil mas nas pequenas chances eu deixo o que estudei e o que eu acredito”
Apesar de sempre ter uma relação próxima à arte a dançarina resolveu prestar vestibular para medicina e para isso teve que abrir mão da dança totalmente e se dedicar aos estudos e foi uma das fazes mais difíceis pois ao deixar sua rotina de dar e ter aulas na academia de dança o dia todo ela abriu mão de uma parte de si, “abrir mão me fez ter certeza da minha relação com a dança, foram os seis meses mais difíceis porque não era falta de me movimentar, era falta de dançar de ser eu” e a partir desse momento ela decidiu mudar de rumo e prestou vestibular para dança.
Amanda conta que uma das maiores dificuldades da sua trajetória foi “se aceitar artista” por conta de todo o preconceito e desvalorização da arte no país e a dificuldade das pessoas em entender que a dança além da arte, e é uma área do conhecimento e uma profissão, que vai além do ballet, jazz e do sapateado.
“Hoje eu consigo ver a dança no mercado de trabalho, eu sei que a minha profissão é artista, viver da arte não é fácil mas nas pequenas chances eu deixo o que estudei e o que eu acredito”
O OUTRO LADO DOS PALCOS
Para Maria Fernanda Rezende viver da arte não foi uma opção, hoje cursando psicologia ela conta que o mundo dos atores não é para todos “é um meio muito competitivo, com muita gente jogando sujo para conseguir crescer, tem gente que te ajuda e te põe pra cima mas a maioria vai competir e fazer coisas como dar em cima de professores e diretores para conseguir papéis por exemplo”
No ensino médio por indicação de professores Maria Fernanda começou a fazer aulas de teatro e ao pisar no palco pela primeira vez sentiu que ali era seu lugar, quando decidiu que realmente queria levar a paixão pela arte para frente ela optou pela conceituada Escola de Atores Wolf Maya, em São Paulo, criada pelo diretor e ator Walfredo “Wolf” Campos Maya Júnior, onde aprendeu sobre teatro, técnicas de atuação e postura de palco com enfoque maior em cinema e televisão.
“Vida de artista é muito difícil, é necessário muito estudo, dedicação e abrir mão de coisas importantes para conseguir ter o mínimo de sucesso”
“Vida de artista é muito difícil, é necessário muito estudo, dedicação e abrir mão de coisas importantes para conseguir ter o mínimo de sucesso, houve vezes que eu deixei de ir ver minha família para participar de testes em que não fui chamada ou peguei um papel que pagava absurdamente mal” relata Maria Fernanda, que conta ainda que tiveram testes em que o diretor chegou a humilha-la em frente à outros atores, que sempre foi necessário ser forte para passar por tudo.
Para ler matéria completa, acesse a terceira edição da Revista ComTempo.
A ComTempo tem como principal objetivo, abordar temas que precisam de mais liberdade, atenção, aprofundamento e espaço para discussão na sociedade.