Talvez o título tenha assustado você leitor quando eu digo que o apocalipse dos SSDs vem aí. Também não quero ser como aquele político famoso que diz “pior que tá não fica”.
Recentemente o mundo tem sido tomado pelas criptomoedas sendo as principais Bitcoin, Litecoin e a Infame, moeda que veio da brincadeira de Elon Musk a Dogecoin, em meio a todas as incertezas do mercado e toda a instabilidade financeira atribuída à pandemia elas são a esperança de alguns investidores.
BitTorrent e Chia Coin
Antes de entender o que achei, temos que compreender o histórico do seu criador, o programador Bram Cohen.
E aí vocês me perguntam “quem é Bram Cohen?”
Ele é o pai do BitTorrent, isso mesmo, o criador daquela ferramenta que muitos de vocês já utilizaram para baixar filmes e programas piratas, é o pai dessa nova moeda.
A Promessa de gerar menos poluição
A Chia Coin vem com a promessa de diminuir a poluição gerada pela mineração de criptomoedas, sim, apesar de virtual a mineração de criptomoedas tem gerado problemas de emissão de carbono principalmente na China.
Explicando a grosso modo, basicamente, a mineração de moedas virtuais atualmente é feita através de computadores super potentes com várias placas de vídeo que necessitam funcionar durante 24 horas, não parando em nenhum instante.
Várias máquinas que são chamadas de rigs possuem muitas placas de vídeo, alguns modelos, inclusive, podem ser comprados na internet chegando a utilizar 5 ou até mesmo 10 placas de vídeo, que apesar de seu alto poder de processamento possuem alto consumo de energia elétrica.
Ao contrário das criptomoedas tradicionais, a Chia Coin não utiliza placas de vídeo para sua “mineração” mas sim de HD e SSD.
O “apocalipse” dos SSDs
Se formos avaliar do ponto de vista de consumo de energia, realmente esta nova criptomoeda, a Chia Coin, não causará os mesmos impactos de uma criptomoeda tradicional.
O pulo do gato é que ao invés de utilizar poder de processamento para realizar os cálculos necessários para conseguir a moeda em questão, ela aloca temporariamente um espaço no disco do seu computador e realiza os cálculos.
“Tá bom, mas e aí, o que vai gerar o apocalipse dos SSDs?”
É simples, podemos dizer que esta criptomoeda é “um moedor de SSD”.
Apesar de seu alto poder de processamento e velocidade com baixo consumo de energia, o SSD possui um “calcanhar de Aquiles”: a durabilidade que, em média, dura cinco anos e em alguns modelos pode chegar até dez.
A vida útil de um SSD é medida pelas operações de escrita e leitura. De acordo com alguns testes já realizados na China, um SSD normal de 512 GB, pode ter vida útil de apenas 40 dias realizando a “mineração” da Chia Coin.
Ou seja, além do problema claro da escassez de SSD no mercado, o que vai gerar uma disparada nos preços como nas placas de vídeo, podemos dizer que esta é uma criptomoeda que não é tão Verde quanto diz ser.
Marketeiro, blogueiro, aficcionado por tecnologia, redator e também “moço do t.i.” da ComTempo