Filhas de Eva é história pra gente grande no Globoplay

Foto: Estevam Avellar/Globo

Obra exclusiva do Globoplay, plataforma de streaming da Globo, ‘Filhas de Eva’ que conta com roteiro de Adriana Falcão, Jô Abdu, Martha Mendonça e Nelito Fernandes é uma história interessantíssima e capaz de prender a atenção do primeiro ao último episódio.

Todos os personagens são envolventes e têm suas histórias cativantes e, ao mesmo tempo que se cruzam, conseguem se sustentar quando estão independentes. A trajetória das três protagonistas interpretadas por Renata Sorrah, Giovanna Antonelli e Vanessa Giácomo é muito bem desenvolvida e fica claro, ao espectador, o caminho que cada uma procura seguir.

A série apresenta toques delicados e precisos de drama e comédia, as três atrizes dão conta do recado e seguram todos os episódios praticamente sozinhas, em atuações irretocáveis e que mostra outro lado de cada uma delas.

Por exemplo: eternizada como uma das maiores vilãs de todos os tempos, Nazaré Tedesco, de ‘Senhora do Destino’, fica difícil imaginar Sorrah em outro papel sem lembrar da personagem criada por Aguinaldo Silva em 2004. Agora, nesta série, a veterana atriz conseguiu se desprender. Renata, em absolutamente nada, lembra suas clássicas personagens anteriores. Ela está num papel mais dramático, mais cheio de camadas e acompanhar essa versatilidade de quem a gente pensava que já tinha mostrado tudo, é extremamente bom. O mesmo elogio vale para Antonelli e Giácomo.

Para dar suporte às três, o elenco ainda conta com o experiente Cacá Amaral e o grande Dan Stulbach que conseguem dar combustível para as ações das protagonistas. O papel de Débora Ozório, que interpreta a filha de Stulbach e Antonelli também tem grande peso na condução da história e a atriz novata não fica atrás das boas atuações dos seus colegas, ela está à altura.

A direção artística da série, à cargo de Leonardo Nogueira também merece nota máxima. Principalmente no primeiro episódio com um plano sequência muito bem idealizado, o diretor já mostra que a série é pensada de maneira nada convencional. A fotografia segue o mesmo alto padrão de qualidade e todas, mas todas as marcações de cena são bem calculadas e casam certinho com os diálogos propostos pelos roteiristas, totalmente palatáveis.

Pode parecer uma série fria ou somente mais um drama que se aproxima de uma novela, só que com menos capítulos, mas nada disso. ‘Filhas de Eva’ é também, mais um pedido do audiovisual brasileiro para ser valorizado. É uma série, no entanto, para ser apreciada por gente grande, os diálogos são inteligentes, as cenas são para pensar e refletir e a vida daquelas mulheres alí presentes, são reais para muitas da sociedade atual. Vale muito a pena prestar atenção.

Resumindo a história

Filhas de Eva conta a trajetória das três mulheres citadas acima. Elas estão presas a padrões que não as fazem felizes: Stella, papel de Sorrah, percebe durante suas bodas de ouro que não aproveitou a vida como deveria. Isso impacta na vida das outras duas protagonistas, Lívia (Giovanna Antonelli), e Cléo (Vanessa Giácomo).

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