Uma história cheia de melodia

Por Mariana Valverde

“Eu tinha oito anos de idade quando eu subi em um palco pela primeira vez. Nunca esqueci esse momento. Não entendia muito bem o que estava acontecendo, mas sabia que gostava muito. Desde então decidi nunca mais parar. Hoje eu vejo que essa foi a melhor escolha que eu poderia ter feito. Assim, vivo o meu sonho. A vida está acontecendo e é no caminho que se faz história. Que o futuro seja um presente e que o meu maior presente seja a minha trajetória”.

É assim que o músico Rafael Valverde, de 28 anos, vive seu sonho na música.

Aos 8 anos, a professora explicava a aula, mas o som que tomava conta do ouvido dele era o ensaio do coral que vinha do exterior. E lá se vão 20 anos de carreira.

 ComTempo: Onde você nasceu e cresceu?

Rafael: Nasci em Bebedouro, no dia 13 de setembro de 1991, cresci na minha cidade mesmo.

 ComTempo: Quem é sua família?

Rafael: Sou filho da Mari, professora aposentada, e do Manoel, mecânico aposentado. E tenho três irmãos: Ricardo, Rogério e Mariana. Somos muito unidos e eles são minha base.

 ComTempo: Como foi sua infância?

Rafael: Minha infância foi simples, cheia de família e amigos reunidos. Adorava brincar na chácara do meu avô, no quintal da minha casa e aos fins de semana íamos para o rancho, em Terra Roxa (SP), e lá eu me divertia também na estrada de terra e na beira do rio Pardo.

 ComTempo: Como e quando começou a cantar?

Rafael: Aos 8 anos, pela janela na sala de aula, ficava distraído, vendo o coral da escola ensaiar. Na época, minha professora percebeu e, mesmo não tendo idade para entrar no coral, o maestro João Perri me aceitou e eu pude começar a cantar de verdade. Desde então, não parei mais. Acho que não vivo de outra maneira, se não for da música.

ComTempo: Quando decidiu que era isso que queria para sua vida? Ou foi algo que aconteceu naturalmente?

Rafael: Acho que um pouco dos dois. Por prazer, eu fui crescendo e cantando em corais, grupos, aprendendo a tocar os instrumentos e quando eu tinha 14 anos comecei a ganhar dinheiro em alguns eventos.

 ComTempo: Como foi a reação da sua família?

Rafael: Os meus pais são dois amantes da música. Então foi fácil eles aceitarem que era isso que eu queria. Mais do que aceitar, eles foram e ainda são grandes incentivadores na minha vida. Me motivam a cada dia e estão ali, em cada música, em cada momento, em cada show e até nos clipes.

No clipe da música “Vem Cá” me fizeram uma surpresa mais do que especial. Fizemos um clipe gravado em 360º graus, com casais virados um de costas para o outro e depois eles se viraram e, sem falar nada, sentiam a presença um do outro e se abraçavam. A música diz “vem cá sentir meu coração bater e saiba que ele só bate por ti, meu amor”. E eu participei, mas quando me virei era minha mãe que estava lá. Não deu para segurar a emoção. Foi um momento lindo.

Meus pais participaram também, como casal, do meu clipe “Mais que Tudo” e estavam na plateia do clipe “Dois em Um”. É apoio total nos meus projetos!

 ComTempo: Quantos instrumentos você toca?

Rafael: Sempre estudei instrumentos de corda, como violão, violino e guitarra. Violão é meu principal companheiro, outros instrumentos eu apenas arranho.

 ComTempo: Quais projetos tem atualmente?

Rafael: No momento eu estou com duas bandas. A banda Reprise me acompanha em casamentos, aniversários e outros eventos tocando todo tipo de música, do rock ao funk, passando pelo sertanejo e pagode, nós garantimos a animação da festa. E também tem minha banda autoral.

ComTempo: Conta mais sobre essa banda autoral.

Rafael: Eu resolvi montar essa banda para cantar minhas músicas autorais e alguns covers que não faço em eventos com a Reprise. Tenho ótimos amigos e músicos comigo: Iuri Nogueira, que é guitarrista e produtor musical; João Ricardo, tecladista; Cleyton Foscri, baixista; Gusttavo Terezoni, baterista e eu no vocal e violão.

Com essa banda, eu toco músicas como Mais Que Tudo, Vem Cá e Caras e Bocas, que são autorais, além disso, faço covers como Balada do Louco, dos Mutantes e Marvin, do Titãs.

ComTempo: Esse ano você finalizou e colheu os frutos do projeto 1barra6, que se iniciou em 2018?

Rafael: O 1barra6 foi um projeto incrível, cercado de profissionais que fizeram todos os clipes darem certo. Lancei seis clipes com músicas autorais: Look Into My Eyes, Mais Que Tudo, Um Lar, Vem Cá, Dois em Um e Sinais de Amor. Esse ano lançamos o último e eu lancei meu CD com essas músicas, para finalizar o projeto. Fechamos com chave de ouro com o lançamento do CD que aconteceu em Bebedouro. Foi um sucesso.

 ComTempo: Qual foi o clipe mais difícil e o mais divertido de gravar do projeto 1barra6?

Rafael: Não posso avaliar a parte técnica, porque não cabe a mim. Para a técnica talvez tenha sido algum outro como o Mais Que Tudo, que foi plano sequência. Para mim, o mais difícil foi o Look Into My Eyes, que foi o primeiro. A gente não sabia o que esperar e eu não sabia como fazer, como seguir o roteiro e tudo mais. E divertido… apesar de ser o clipe mais melancólico e mais triste, foi o Sinais de Amor, porque os bastidores foram incríveis, a equipe estava descontraída, relaxada e sabia o que fazer, apesar de ter mudado o roteiro no meio do caminho. Achei o mais divertido.

Mas outro momento também que achei divertido durante o projeto foi as gravações embaixo d’água no clipe “Um Lar”.

 ComTempo: O lançamento do foi aberto ao público ou somente para convidados?

Rafael: Foi aberto ao público. Fizemos na casa de shows Zouk Pub, em Bebedouro, e lotamos a casa. Fiquei muito feliz e animado de saber que todo mundo estava lá para ouvir um som autoral, diferente do que estão acostumados no dia a dia.

ComTempo: Como foi participar do Programa do Raul Gil, no SBT?

Rafael: Participar do Raul Gil foi a minha primeira experiência como calouro. Foi um divisor de águas na minha vida, não apenas para fins de visibilidade nacional, mas também para experiência em concursos de canto.

ComTempo: Qual o maior sonho que você realizou até hoje?

Rafael: Meu maior sonho realizado foi cantar em uma TV aberta e fazer shows com minhas próprias músicas. Acho que todo artista quer ser reconhecido, então quando isso acontece, é um sonho realizado. A cada dia, quanto mais pessoas curtem meu som, estou mais próximo de realizar meus sonhos.

 ComTempo: E qual ainda está para realizar?

Rafael: Pretendo viajar o Brasil inteiro com meu show, mostrando minhas músicas.

ComTempo: Quais são os seus planos para 2020?

Rafael: Em 2020 vou divulgar meu CD que lancei em dezembro de 2019 e também começarei um novo projeto. Logo no começo do ano tem uma surpresa com uma música que já lancei, porém desta vez com um feat diferenciado.

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