Depressão: o que a tela do cinema não mostra

Mariana Valverde

O sorriso estampado no rosto não demonstrava o tamanho da dor dentro do peito. Horas depois, ele tirou a própria vida. O ator Robbin Williams, conhecido por filmes incríveis como “Patch Adams” (1998), tinha 63 anos quando a depressão tomou conta dele.

Ela não tem cara, gênero e nem conta bancária. A depressão atinge milhões de pessoas pelo mundo e segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), a cada 40 segundos, alguém tira a própria vida.

A prova de que a depressão é atemporal está refletido nas telas de cinema e nos programas de televisão.

Os comediantes do mundo do entretenimento parecem ter a vida perfeita, afinal, eles fazem a gente sorrir! Mas não é bem assim… o ator Jim Carrey, famoso por interpretar Deus em “Todo Poderoso” (2003) e fazer dramas como “Brilho Eterno de uma Mente sem Lembranças” (2004), sofreu por anos de uma depressão inigualável que fez o ator se afastar das telonas e dedicar-se à pintura dentro de casa, o que o ajudou a se reerguer.

Trazendo a doença para o Brasil, outro caso pouco conhecido é do ator e comediante Eduardo Sterblitch, que por anos fez parte do elenco do ‘Programa Pânico’ e, atualmente, grava cenas para novela da Globo. Edu teve um quadro depressivo diagnosticado e mesmo com a doença, continuou sua vida, tentando adaptar o que sentia com sua carreira pessoal e profissional. Em entrevista a canais da mídia, Sterblitch diz que não sente vergonha de ser triste e que as pessoas têm que aprender a lidar com a dor.

Segundo a psicóloga Camila Ferrari, a depressão é uma doença chamada pelos psiquiatras de ‘anedonia’, que leva o sujeito à incapacidade de sentir prazer. “Ou seja, ele perde a graça com a vida, não sente mais desejo. É como se o depressivo se tornasse impotente diante de sua vida, seus desejos se lentificam e não são capazes de renová-los”, diz.

 

É importante prevenir o suicídio

Setembro Amarelo está aqui para mobilizar as pessoas e atentar a todos sobre a campanha da prevenção ao suicídio.

É possível fazer uma lista de atores incríveis que se suicidaram após um grave quadro depressivo. Essa informação é triste, mas relevante para alertar as pessoas que a ajuda é necessária.

Marilyn Monroe, Mark Salling (Glee), Cory Monteith (Glee) e entre alguns outros, perderam a vida pela triste doença. Mas tantos outros atores e artistas da mídia tiveram sucesso e superaram: Fernanda Lima, Selton Mello, Heloísa Périssé, Adriana Esteves…

Mostrada na mídia ou não, a depressão é uma doença séria que precisa de tratamento psicológico. Tantas pessoas que admiramos sofrem da mesma doença, então por que nos envergonharmos de procurar ajuda?

Se você ainda não se sente seguro o suficiente para falar com as pessoas ao seu redor, pode contar com o CVV (Centro de Valorização à Vida). Basta ligar no telefone 188, que funciona 24 horas e sem custo de ligação. Além do telefone, você pode pedir ajuda por e-mail (https://www.cvv.org.br/e-mail) ou chat (https://www.cvv.org.br/chat).

*Parceria com o site Parada Obrigatória.

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