Episódio 1: O Setembro Amarelo surgiu para salvar vidas

Mariana Valverde

ALERTA DE GATILHO: Esta série de reportagens apresentada pela ComTempo trata sobre o suicídio, depressão e outros temas relacionados à saúde mental. 

O Especial da Comtempo do mês de setembro trata de um tema extremamente importante e que ainda é considerado tabu no Brasil: a saúde mental.

Nesse primeiro episódio vamos tratar sobre o ‘Setembro Amarelo’, campanha que desencadeia diversas vertentes como a depressão, ansiedade, auto mutilação e suicídio, entre outras questões de saúde mental que ainda são pouco discutidas pela mídia.

Para começar, nada melhor que explicar a origem deste mês de alerta. A campanha do ‘Setembro Amarelo’ começou, oficialmente, em 2014, quando a Associação Brasileira de Psiquiatria – ABP e o Conselho Federal de Medicina – CFM se uniram para tratar midiaticamente sobre essa questão tão importante. Foi assim que o dia 10 de setembro se tornou o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio.

O Brasil é um país que sofre diretamente com a depressão. Os registros da OMS (Organização Mundial da Saúde) apontam que atualmente 32 brasileiros tiram a própria vida todos os dias. Ainda falando de dados do Brasil, acontecem 12 mil suicídios por ano e, quando os dados são computados no mundo todos, este número chega a 1 milhão. Nessa conta, cerca de 96% das mortes acontecem por transtornos mentais que traz, em primeiro lugar, ainda de acordo com os dados divulgados pela OMS, a depressão.

Apesar de setembro ser o mês que mais discutimos esse tema, é importante falar e estar atento sobre o assunto o ano todo. Depressão não é frescura, não é falta de fé e não é ociosidade. Depressão é doença séria que precisa de tratamento.

A ajuda vem de todos os lados

CVV – O Centro de Valorização à Vida tem, à disposição, o telefone 188 que você pode ligar a qualquer momento, pois funciona 24 horas por dia e sem custo de ligação. Além do telefone, você pode pedir ajuda por e-mail (https://www.cvv.org.br/e-mail) ou chat (https://www.cvv.org.br/chat).

Abrindo mais o leque de ajuda, as novas tecnologias também se mostram disponíveis. E é exatamente nas redes sociais, onde as pessoas passam grande parte do tempo, que está inserida outro tipo de ajuda, estamos falando do Instagram.

Nesta rede social, há duas formas de obter ajuda. Você pode relatar o post de um amigo que a rede social entrará em contato dizendo que “Alguém viu um de seus posts e pensa que você pode estar passando por um momento difícil. Se você precisar de apoio, nós gostaríamos de ajudar” e oferecerá ajuda. A outra maneira é pesquisando pelas hahstags #ansiedade #suicidio e #depressao. Automaticamente, a rede fará uma pergunta para que você possa ter ajuda psicológica.

Converse com um amigo ou familiar – É importante salientar que a ajuda vem e pode estar em todos os lados. Mesmo com as redes sociais e novas tecnologias apoiando as causas e proporcionando facilidades de conversa, procurar a ajuda de um amigo ou familiar não deve ser descartável caso você ainda não se sinta seguro para procurar ajuda profissional. Converse com pessoas próximas a você que poderão te aconselhar e, posteriormente, ajudar a procurar ajuda de psicólogos.

Além da depressão

Quando nos propusemos a falar sobre saúde mental, pontuamos como um dos objetivos ir além, pois esta temática abrange diversos aspectos e muitos outros assuntos precisam ser explorados. Nos episódios seguintes dessa série de reportagens, a ComTempo abordará muito mais a fundo temas como a depressão e o suicídio e apresenta, no segundo episódio, a psicopatologia contemporânea. Não perca a entrevista com uma especialista neste assunto e a explicação do que é, e como essa doença afeta as pessoas na sua rotina.

Conteúdo escrito por: Mariana Valverde
Edição de texto: Marcos Pitta

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