Estatística: o orgulho de quem exerce a profissão do futuro

Marcos Pitta

A ComTempo dá continuidade à série de reportagens sobre o mercado de trabalho, entrevistando pessoas que terminaram o ensino superior e, rapidamente, conseguiram entrar no disputado mercado e, ainda por cima, dentro da área de atuação.

Mesmo com números alarmantes de desempregados no Brasil, o objetivo da ComTempo, segue sendo o de contar histórias e, a partir delas, motivar quem lê. É este o intuito desta série, fazer com que a motivação cresça nos olhos de quem vê a história de uma pessoa que conseguiu e, a partir daí, entender que é possível.

O segundo episódio desta série apresenta Natália Ocaso Seraphin, 24 anos, formada em Estatística pela Unicamp, de Campinas, interior de São Paulo. A jovem formou-se no final de 2018 e desde que estava no ensino médio, já sabia que queria ingressar nesta área: “Minha história em relação a este curso aconteceu diferente como ocorre com a maioria das pessoas. Durante o ensino médio fiz curso técnico em administração e descobri a paixão pelo mercado financeiro”.

Com a certeza da área que queria seguir, Natália conta que buscou escolher um curso superior que fizesse sentido e que fosse útil neste segmento de atuação: “Foi meu professor de matemática, Murilo, que me apresentou a estatística. A partir daí, pesquisei mais a fundo, vi as técnicas ensinadas e descobri que eram bastante interessantes e que seriam úteis no mercado financeiro, tanto que a maioria dos estatísticos trabalham nessa área”, explica.

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Natália Seraphin (24), orgulha-se por fazer parte de uma área que só cresce.

A profissão do futuro

Ao pesquisar no Google, mecanismo de pesquisa mais usado pelos brasileiros, pela profissão de estatístico, muitos dos resultados encontrados dizem que essa é a profissão do futuro. Essa expressão é usada, inclusive, em uma matéria do Portal Conre-3, o Conselho Regional de Estatística da Terceira Região, abrangendo SP, PR, MT e MS. Nessa matéria, foco é que a estatística seguia sendo a carreira mais promissora para o ano de 2018.

Além disso, o ranking anual do CareerCast.com, site norte-americano com especialização em empregos, classificou o estatístico como primeiro lugar na lista de melhores profissões nos Estados Unidos em 2017.

É este caminho promissor que Natália está percorrendo desde quando ainda estava frequentando as salas de aula da Unicamp: “Comecei em um estágio corporativo na sede administrativa do banco Itaú, em São Paulo, lugar onde trabalho até hoje. A primeira área pela qual passei dentro do banco foi a de modelagem de fraudes, responsável por criar modelos estatísticos para prevenir fraudes e lavagem de dinheiro por parte dos clientes do banco”, explica a profissional.

Como estagiária, o papel de Natália era dar todo o suporte necessário que os analistas precisavam durante os projetos e também acompanhar o desempenho dos modelos existentes, “pois uma vez que um modelo perde performance, ele precisa ser recalibrado ou alterado para que a prevenção não seja prejudicada”, conta a estaticista, afirmando que hoje atua na área de produtos do banco.

Apesar de estar bem colocada e desenvolvendo o que estudou, a jovem confessa que durante os anos de estudo teve dúvidas sobre a área que estava cursando: “O curso de estatística é bastante teórico e a base precisa ser trabalhada muito bem para que seja possível aplicar às técnicas. Isso, de certa forma, gera várias dúvidas sobre sua carreira, pelo motivo de você demorar para ver as coisas acontecerem na prática”.

A profissional fala também sobre os comentários dos professores dentro da sala de aula sobre a atuação no mercado de trabalho, dizendo que a maioria deles falava sobre o assunto: “Apesar da universidade pública ter um trabalho forte de incentivo para que os alunos sigam carreira na área acadêmica, a profissão de estatístico sempre esteve em foco no mundo corporativo e a procura por esses profissionais é cada vez maior”, revela a jovem, enfatizando que com o volume de dados que são gerados crescendo todos os dias, essa profissão será cada vez mais necessária.

O orgulho em poder fazer parte de um mercado tão em voga é claro para Natália: “Sempre sonhei em trabalhar na área financeira e quando pude conhecer mais a fundo, me apaixonei ainda mais. Adoro meu trabalho, minha equipe e a missão e direcionamentos que o banco vem tomando nos últimos tempos”. Para encerrar, a estatística dá um conselho importante para quem deseja entrar neste mundo ou para aqueles que estão começando o curso: “Se dediquem bastante à graduação, aprendam bem as técnicas que são ensinadas e por mais difícil que seja, no final vale a pena”, finaliza.

Para ler a reportagem diagramada, clique aqui.

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3 comentários sobre “Estatística: o orgulho de quem exerce a profissão do futuro”

  1. No Brasil, a profissional de estatística denomina-se estatista ou estaticista, e não estatística, como se costuma dizer.

    1. Olá Rodolpho, tudo bem?
      Ficamos imensamente feliz que tenha lido a matéria. Convidamos você para continuar acompanhando nossas reportagens.
      Obrigado pela consideração em relação a denominação do profissional, vamos considerar e organizar esse equívoco no site.

  2. Pingback: O futuro é próspero para o engenheiro de produção - COMTEMPO

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