Contraste necessário do século 21

Marcos Pitta

Estamos vivendo em pleno século 21, num momento completamente globalizado e cheio de informações. A palavra ‘cheio’, neste caso, cabe perfeitamente no maior e melhor sentido da palavra. Com o surgimento da internet, antes mesmo da virada do século, tudo começou a se transformar e agora criou proporções gigantescas.

Com esses avanços conhecemos termos que há anos, não imaginávamos que pudessem existir e de uns anos para cá, começamos a falar que tradicionais meios de se comunicar chegariam ao fim com a deslanchada que a internet está dando.

Nesta quinta edição, a ComTempo reúne, nas páginas seguintes, um contraste que está cada vez mais explícito no dia a dia de todos. O jornalismo impresso, um dos meios de comunicação mais tradicionais do mundo ainda sobrevive e luta arduamente para continuar levando aos seus leitores, seu principal objetivo: a informação; e o marketing digital, que cresce a cada dia com o avanço da tecnologia e da internet.

Essas duas esferas parecem competir, a ideia que se tem é que o marketing digital vai dominar os campos de atuação e o jornalismo impresso está condenado a se findar. Será mesmo que a projeção para o futuro é essa? O fim do jornalismo impresso está decretado com o avanço da internet? Para quando este fim está marcado? Contextualizando para que possamos pensar nessa resposta, o rádio, tempos atrás, também foi condenado a morte quando a televisão chegou ao Brasil e começou a ganhar proporções. No entanto, permanece aí, lutando bravamente e conseguindo, pouco a pouco, se reinventar.

Ainda falando sobre o rádio, é necessário falar como este meio de comunicação está se englobando nas novidades advindas da internet. Recentemente, uma nova maneira de ouvir notícias com a sensação de estar ouvindo rádio são os podcasts, que já existem há um bom tempo, mas ganharam forças de uns tempos para cá. Isso justifica como o veículo vem se reinventando.

Em contrapartida, a internet surge como um novo meio de informação e todos os outros, cito não só o rádio, mas como a televisão e o jornal impresso, estão cada vez mais dentro desse universo on-line.

Falar de marketing digital e resistência no jornalismo impresso na mesma edição é um processo delicado, pois há a necessidade em explorar um mundo tradicional e outro inovador, sem desmoralizar nenhum dos dois e nem desmotivar quem atua nessas duas profissões. No entanto, a proposta não é falar sobre o fim do impresso e a chegada da era digital, mas sim dizer como o jornalismo impresso está se rendendo às estruturas das redes e como o marketing digital cresce a cada novo avanço tecnológico.

O importante é ressaltar o poder da comunicação. Seja ele transmitido através de um meio tradicional que sobrevive a cada dia ou por meio de uma comunicação capaz de unir jornalismo (com a informação) e a publicidade (com a divulgação de um produto/marca) dentro de uma só esfera: o marketing digital, este capaz de colocar seu nome ou o nome da sua empresa nas primeiras posições do Google.

Esse contraste, no entanto, em pleno desenvolvimento do século 21 faz-se necessário. É um contraste de mudanças, de pensamentos e de idealizações. Enquanto se discute o fim de um meio, que não está em seu fim e sim pensando em como se desenvolver e se reinventar, discute-se a expansão de outro meio, que realmente avança a cada momento.

A conclusão tanto para o jornalismo impresso, quanto para o marketing digital (não comparando os dois) é a mesma. Esse contraste atual, assim como todos os outros que envolvem os demais campos de atuação, cabem dentro de uma frase até famosa, onde fica claro que na evolução das espécies, não sobrevive o mais forte ou o mais inteligente, mas aquele que melhor se adapta às mudanças. É isso que se busca fazer diariamente.

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